terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Penhor: "Uma Caixa de ouro"


É preciso ter muito cuidado na hora de se recorrer ao penho da CEF, pois o que parece uma solução pode ser uma grande armadilha, na hora do desespero. Muita gente já fez esse caminho várias vezes porque a sua conta virou uma bola de neve, acabou não tendo um final feliz e perdeu o bem penhorado, que acabou em algum leilão realizado pela caixa. Só para esse ano a expectativa é que sejam aplicados cerca de R$ 5,4 bilhões em penhor.

No ano de 2007, a linha de penhor da Caixa Econômica Federal realizou empréstimos que totalizaram R$ 4,9 bilhões, o que representa um crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano de 2006, quando fechou com R$ 4,5 bilhões emprestados. Para este ano, a CAIXA tem disponíveis recursos da ordem de R$ 5,4 bilhões para aplicação em Penhor. O montante pode representar um crescimento no saldo de até 12,5% em relação ao ano anterior. A expectativa da instituição é de firmar cerca de 9,5 milhões de contratos, aproximadamente 6,2 % a mais que em 2007.

Segundo o vice-presidente de Crédito para Pessoas Físicas da CAIXA, Fábio Lenza, os empréstimos - que têm valor médio de R$ 570,00 - totalizaram cerca de 420 mil operações em 2007, volume quase 12% maior que o registrado em 2006, com 372 mil transações.
Como linhas de crédito das mais tradicionais e populares, o penhor e o micropenhor, por suas facilidades de acesso, rapidez e juros baixos, constituem modalidades de financiamento muito atrativas. Em pesquisa realizada pelo banco para saber o perfil do cliente do penhor, foi constatado que os principais motivos da opção pelo Penhor, entre as várias possibilidades de crédito do mercado, ocorrem em razão da rapidez na liberação do dinheiro (28,26%), juros baixos (18,8%), ausência de burocracia (11,6%) e possibilidade de renovar o empréstimo (7%).

CRÉDITO FÁCIL

Para se obter um empréstimo de Penhor basta apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além do bem que servirá de base para a operação, que são, geralmente, jóias em metais nobres, com ou sem pedras preciosas, relógios de alta joalheria e canetas de elevada qualidade e valor.

Os prazos de contratação são de 1 a 180 dias, à escolha do cliente. O limite mínimo é de R$ 50,00 e o máximo de R$ 50 mil. O empréstimo corresponde a 80% do valor de avaliação do bem. A taxa de juros do Penhor é de 2,08% a.m. para a faixa de até R$ 300,00 e 2,12% a.m. para os empréstimos acima desse valor.

Já o Micropenhor se destina a quem não possui saldo médio mensal em conta corrente ou aplicação financeira acima de R$ 3.000,00, na CAIXA ou em outros bancos. O empréstimo é limitado a R$ 1.000,00, com taxa de juros de 1,8% ao mês e prazo máximo para pagamento de até 180 dias, em múltiplos de 30 dias.

Essa linha de crédito representa 27% dos contratos concedidos na operação de Penhor e 14,2% no volume de dinheiro emprestado em relação ao total da carteira. O valor médio de empréstimo é de R$ 290,00. Lançado em setembro de 2004, o Micropenhor já atingiu a histórica marca de 6,4 milhões de operações, sendo 1,8 milhão só em 2007. O montante alcançou a marca de R$ 1,7 bilhão, dos quais R$ 550 milhões foram emprestados no ano de 2007.

Nenhum comentário: